quinta-feira, setembro 01, 2011

Lady Gaga / crítica de moda / New York Times ?

Pois bem,
Quem ainda não viu o último bafafa do mundo fashion revisteiro, (pq certamente existem outros mundos fashions - e a própria fashion não é uma só, né?!) eu conto agora. A Lady Gaga tem uma coluna na revista V Magazine, e aproveitou o espaço pra alfinetar uns jornalistas de moda. E uma das criticadas foi a crítica (olha eu brincando com as palavra no texto, rsrs) do The New York Times, Cathy Horyn.
"Então minha questão, leitores da V, é essa: Quando a crítica ou review é um insulto e não um insight? Injuria e não Intelecto? "
Ela ainda criou um termo pra denominar esse movimento: (algo como) Fundamentalismo da crítica extrema. A crítica negativa feita gratuitamente, e sem muita análise.
"Onde o meu argumento leva é a perspectiva do espaço da arte, que é subjetivo e não enraizado em matemática ou física. Não é ainda mais crítico para a moda e crítica de arte a ser profusamente informado não só na história da arte, mas no subliminar?O público opera com a suposição de que os críticos são especialistas em suas respectivas áreas. Mas eles são? Será que todos os críticos têm a alma para realmente receber um trabalho no sentido transcendental? A experiência 'fora do corpo' da arte?"
No meio do texto a conversa toma o rumo de que afinal, se esses jornalistas não reconsiderarem as posturas, nada pode separa-los de indivíduos comuns (e não levem a mau a palavra!) que queiram sair por aí dando pitacos e fofocando. Ela ainda cita a Tavi Gevinson, que ainda nem acabou o colegial, mas que com suas interpretações e ligações da banho em alguns critico-chatos.

Aí venho eu, dona do blog, refletindo e fazendo um recorte na fala da Lady Gaga - com coisas que se passam na minha mente por esses tempos: 
Olha, críticos (de qualquer coisa música/cinema/moda) sempre tiveram um papel muito engraçado na minha vida. Não costumo dar muita bola pra eles não. Na verdade evito até ler alguns. Opinião por opinião me arranjo com a minha, e a experiencia sempre existe, a gente sempre sente alguma coisa. O crítico não é, nem será o DONO DA VERDADE. Mas o que acho q realmente interessa nesse trabalho é a possibilidade interpretativa dele como especialista. Por viver os bastidores, ter estudo em hist da moda, da arte, da música, de antropologia, de filosofia, de sociologia, de tudo...sempre pode criar leituras e conexões interessantes em cima de coleções, peças e momentos. Busco, enfim, comentaristas amigos; com uma visão interpretativa que construa mais pontes que muro (mesmo que essas pontes apontem para lugares que não interessam - nem a mim, nem ao crítico - mas enfim, há de se respeitar!). 
A conversa: novas mídias + todo mundo pode ser jornalista + fim do diploma = gera problemas pra classe e algumas inseguranças. Mas, pra mim o fato é: quem faz um trabalho diferente, e esta preparado e com a cabeça aberta para sair por aí conectando as pontas soltas da modernidade se sobressai! Nem sempre as faculdades de jornalismo entregam esse preparo, e aí vai muito do interesse da criatura, #fato (mas isso não significa q a faculdade perca seu valor!). O texto da Gaga é valido de alguma forma. No fundo pede por um jornalismo de moda que respeite mais o outro e não pare só no HOT or NOT (afinal essa definição é feita na visão de quem, com base em que? o que legitima?e porque acreditar nessa legitimação tão subjetiva que se traveste de verdade - regra?). As verdades-regras, à la receita-de-bolo não me interessa nem um pouco nesse momento da vida. É uma "maldade-venenosa" de críticas que estão em muitos outros setores da moda, não só em algumas poderosas colunas de revistas e jornais, mas que invadem a cabeça consumidora comum. Gaga faz um barulho legítimo? num sei né, por que essa conversa atrai mídia pra Lady Gaga e pro slogan/refrão "cause you were born this way". Mas espero que seja sincero, o mundo da moda (ahhh e o mundo em geral) precisa de menos gente controladora, aplicando regulamentações.
SALDO: Crítico é necessário pq eu não tenho acesso direto ao desfiles (ai q penaaa, rsrs), e uma criação de moda envolve muito mais do que as fotos dos desfiles podem oferecer. E a textura onde fica? Apesar das ótimas resoluçoes das câmeras e das tentativas de capitar detalhes (como no site da Style.com e agora também FFW) não se compara a experiência de estar diante da peça! Jornalismo de moda bem feito é necessário, pq eu num quero alguém pra repetir o que já tá na foto (baby eu tô vendo a foto, hello?), mas que traga conexões, momentos, músicas, filmes, espíritos e ditos que brotam das peças - e que a gente as vezes num olhar distraído não veria. Veículos Oficiais fiquem espertos pq existem mil maneiras de burlar os pode/nãopode das receitas-de-bolo (ai como me irritava Cabine Jornal Hoje!oi? matéria de moda ficou onde? indivíduo se expressando ou obedecendo?), e as apropriações são sempre muito mais interessantes. Pessoas,  são menos bobas que parecem e estão prontas pra subverter (pelo menos as que eu olho!) seja a doida cheia de money, seja a mais nova cantora ascendente do brega. SUBVERSÃO+CONSTRUÇÃO+BOM HUMOR (acho que tem uma dose de bom humor deliciosa nessas desconstruções e mixagens que muitas vezes escapam aos veículos oficiais)

Olha Surtei num texto grande. Falei demais e vou dormir. Bjos pra todas! hahahha

Um comentário:

Rosalind disse...

Wow - what an amazing article by Lady Gaga. Thank you for posting it. I only wish I could read and understand what you have written to accompany it.